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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Figure you out!

Nas ruas tortuosas da formosa Veneza era sempre possível notar uma presença indispensável. Fora os automóveis, construções, parques e seres vivos em geral, um jovem de cabelos curtos, salpicados e cor-de-chocolate sempre cumprimentava as pessoas que passavam por ele. Conhecidas ou não, de classe alta ou não, ele sempre se esforçava ao máximo para ser igualmente simpático e educado com todas elas. Mas, às vezes, quando seu dia não estava muito bom e ele estava de mal com a vida, o tiro acabava saindo pela culatra e nem mesmo isso ele conseguia fazer direito. Claro, ele era adolescente e não tinha ninguém com que pudesse confiar seus problemas, e acabava agindo errado com as pessoas erradas, mesmo sem querer.

Às vezes, quando um amigo seu lhe emprestava o violão, ele parava moças que estavam a passear para dedicar-lhes algumas cantigas de sua própria composição. E cantava com louvor, as moças pareciam gostar. E seus parceiros, quando estavam acompanhadas, também não faziam objeção alguma. E através disso ele tinha o seu pão de cada dia.

Ele era um menino muito apaixonado por tudo e por todos, e por isso se machucava com mais facilidade. Mas, também por causa disso, apesar de todas as dificuldades, ele não conseguia deixar de sorrir ao olhar para frente.

Um dia, finalmente, alguma menina olhara para ele de modo diferente. Pela primeira vez, já que as pessoas não estavam acostumadas a olhar para a sua beleza interior e exterior, e sim para a sua classe social.

Aquela menina era de mesma classe social que ele, agora, mas, por ter vindo de uma família falida da alta-sociedade, ainda tinha muito o que aprender.

A sua birra de menina mimada fora o que a fizera se afastar da sua família, mas dali até que ela encontrara o menino pela primeira vez ela já aprendera algumas coisas.

Começaram, então, uma bela amizade. Agora ele fazia cantigas de amigo para ela, e não para qualquer moça bonita que passasse.

– Você tem que aprender algumas coisas, também. – O menino se assustara um pouco no dia em que ouvira essa frase vinda da menina. Mas seu tom era tão doce que ele deixara que ela continuasse. – Como, por exemplo, a administrar o dinheiro que você recebe das suas cantigas.

Era verdade que ele ganhava, por dia, um pouco mais do que o necessário para saciar a fome dos dois... Mas ele não sabia administrar o pouco que sobrava e eles, dia após dia, acordavam novamente sem um tostão.

– Ok, então confio à você as minhas finanças. Pode ser?

A partir de aí a menina começou a administrar suas finanças. Ela esperava chegar até o final do dia para contar quanto eles haviam arrecadado, depois ia até a padaria e comprava 4 pães franceses e 8 fatias de frios. E uma garrafa d’água. Essa era a comida deles. Assim, ela conseguia guardar um pouco de dinheiro à cada dia que se passava.

Ela nunca havia passado por tamanho sufoco assim, mas parecia ter vivido boa parte de sua vida nele, já que fazia aquilo com tanta vontade e certeza.

Não demorou muito para que ela tivesse dinheiro o suficiente para comprar ingredientes para fazer palha italiana. E, não, aquilo não era para eles, e sim para a venda.

Esse mesmo amigo do violão emprestava a sua geladeira à menina. Então, ela ia para a casa dele muito cedo, antes mesmo do menino acordar, para preparar os doces. Aquilo ajudou bastante na renda deles.

E juntos eles viveram durante um bom tempo nesse sufoco, até que tinham dinheiro para pagar por um quarto, e as coisas foram crescendo e a sua fase melhorando... Graças à economia da menina e a simpaticidade do menino para arranjar amigos nas ruas da cidade.

As coisas foram melhorando...

Coff-coff. Melhorando.

e...

...contaria mais, meu netinho, mas já estou no meu leito... Ela foi esperta sendo mais precoce do que eu. Hehehe. Boa noite.

2 comentários:

  1. Hahuahuahuha eu ri do final xD Nossa, como você escreve bem os seus contos! :o

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  2. Pára de apagar meu comentário blog ><

    Disse que a gente sonha parecido, é uma história que eu gostaria de viver.

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